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sexta-feira, 5 de janeiro de 2007







Rota de colisão-
Berzoini estimula disputa interna no PT
O secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT, Paulo Ferreira, criticou ontem a posição do secretário de Relações Internacionais do partido, Valter Pomar, que havia se manifestado contra a volta do deputado federal Ricardo Berzoini (SP) à presidência do PT. Em artigo publicado ontem no site da legenda, Ferreira defendeu o retorno de Berzoini ao cargo e sugeriu que Pomar não estaria interessado no melhor para o PT, mas sim em obter vantagens políticas ao explicitar sua opinião.

“O ato político que marcou a volta de Ricardo Berzoini à presidência do Partido dos Trabalhadores, em Brasília, no dia 2 de janeiro, foi marcado pelo sentimento de justiça”, disse Ferreira, no artigo. De acordo com o dirigente, ao pedir afastamento, Berzoini exigiu que fosse reconduzido à presidência do partido assim que as investigações do dossiê chegassem ao fim e nada apontassem contra ele. “E foi exatamente assim que acontece”, destacou Ferreira.

Fruet e Serraglio podem disputar Câmara
A dificuldade da base aliada do governo federal de construir uma candidatura sólida para a presidência da Câmara dos Deputados, permitindo que dois governistas - Aldo Rebelo (PCdoB) e Arlindo Chinaglia (PT) - entrem em rota de colisão, criou ambiente para uma terceira via, candidatura alternativa que reúne deputados descontentes e integrantes do chamado “baixo clero”, deputados sem expressão na Casa.

Entre os nomes apontados para liderar a terceira via como candidato alternativo à presidência da Câmara estão os paranaenses Gustavo Fruet (PSDB) e Osmar Serraglio (PMDB), além de Paulo Renato (PSDB-SP), Carlos Sampaio (PSDB-SP), José Aníbal (PSDB-SP), Luiza Erundina (PSB-SP), Júlio Delgado (PSB-MG), Fernando Gabeira (PV-RJ), Arnaldo Jardim (PPS-SP), Raul Jungmann (PPS-PE), Walter Pinheiro (PT-BA) e José Eduardo Cardozo (PT-SP).

O grupo suprapartidário que defende a candidatura alternativa à presidência da Câmara dos Deputados deve se reunir na próxima segunda-feira em São Paulo para definir um nome para disputar o comando da Casa com o petista Arlindo Chinaglia (SP) e o comunista Aldo Rebelo (SP), atual presidente e candidato à reeleição. Para começar, o grupo já teria a adesão de oito partidos contrários às candidaturas de Aldo e Chinaglia. No grupo há representantes do PPS, PSB, PSOL, PMDB, PV, PSDB, PFL e até do PT.

Gabeira (PV-RJ), um dos articuladores do grupo, disse que a idéia é encontrar um candidato de consenso. “Já discuti com vários partidos a possibilidade de termos um candidatura alternativa. Se tiver boas condições, lançamos um nome para ganhar”, disse Gabeira. O deputado também está no páreo para ser candidato a presidente. “Se ninguém quiser, eu topo. Se sobrar pra mim, eu topo, para lançar luz sobre um programa de reconciliação da sociedade com a Câmara. Eu serei um anticandidato. Sei que não terei voto para ganhar porque estou muito queimado lá”, disse Gabeira.

Zeca do PT poderá ser indiciado por crime fiscal
O ex-governador do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, poderá ser enquadrado por crime de responsabilidade fiscal se for constatado que ele não deixou recursos suficientes em caixa para que seu sucessor pague os compromissos e dívidas herdadas, independentemente de ter ou não atrasado os pagamentos à União.

Já no final de 2005, o Mato Grosso do Sul era o estado com o maior estoque de “restos a pagar” sem cobertura financeira: 66%. Se de lá para cá ele conseguiu ou não, tapar esse buraco é uma questão que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) deverá responder quando os balanços oficiais de 2006 forem publicados, no final deste mês de janeiro.

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