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sábado, 10 de fevereiro de 2007

Lula terá de fingir que não é aliado de Chávez no encontro oficial com Bush, dia 9 de março, em São Paulo

Depois de um documento reservado do setor Sul do Departamento de Estado norte-americano ao Itamaraty, cobrando do governo petista uma posição clara sobre sua relação com Hugo Chávez, agora os Estados Unidos vão exigir uma postura cara-a-cara, clara e objetiva. Para tentar atenuar a influência Chávez no continente, o presidente George W. Bush, vai se encontrar com Lula, dia 9 de março, em São Paulo.

A conversa, certamente regada a whisky Cowboy muito envelhecido, terá diferentes perspectivas para os interlocutores. Lula terá dificuldades em sua tentativa de demonstrar a Bush que não é, como parece, tão aliado de Chávez (seu companheiro no Foro de São Paulo - entidade que reúne as esquerdas latino-americanas, sob a liderança de Fidel Castro). Bush sabe que Lula mentirá, para variar. Por isso, o cowboy texano vem para jogar na pressão. Será mais uma guerra psicológica – mesmo que movida à álcool nos bastidores.

O Departamento de Estado norte-americano sabe que a segurança das Américas depende de uma aliança soberana entre o Brasil e os Estados Unidos contra o Terrorismo Internacional, que cumpre o papel de fragilizar as instituições políticas, econômicas e sociais norte-americanas. Os EUA sabem que o governo petista no poder não serve a estes objetivos. Por isso, a vinda de Bush será teatral, apenas para pressionar. Bush esteve no Brasil em novembro de 2005, numa visita de menos de 24 horas. A confirmação da vinda dele ao País é do site da presidência do Uruguai, para onde Bush também deve ir.

Faz parta da preparação à pressão psicológica de Bush a publicação, pela revista Veja, de uma contraditória entrevista do diplomata Roberto Abdenur. O ex-embiaxador do Brasil nos EUA alega que a política externa do governo Lula é contaminada pelo antiamericanismo e pela orientação ideológica. Só que na mesma entrevista, contradizento seu aparente ataque ao governo petista, o diplomata afirma que “Lula sabe que uma relação melhor com os Estados Unidos é de interesse do Brasil”. Quando fui assumir a embaixada nos EUA, o diplomata revelou que Lula lhe dissera: "Roberto, quero deixar como legado para o futuro bases ainda mais sólidas e mais amplas na relação entre os dois países".

Ontem, a visita do subsecretário de Estado dos Estados Unidos para Assuntos Políticos, Nicholas Burns, a Brasília, foi o primeiro passo de um esforço para intensificar a relação diplomática entre os dois países. Nos próximos dias, será confirmada a data da chegada da secretária de Estado, Condoleeza Rice. Também será confirmada a vinda de Bush ou a ida do presidente Lula a Washington para um encontro com o presidente George W. Bush.

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