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terça-feira, 8 de maio de 2007

Hoje a Bolívia,amanhã o Paraguai

No Paraguai, a animosidade contra o Brasil vem crescendo de forma perigosa.
Os paraguaios acompanham o desenrolar da crise da Bolívia,que garfou o Brasil e logo repetirão o fato,em proporções maiores,na bi nacional ITAIPU

Redução da dívida do Paraguai para com Itaipu: o governo brasileiro, depois de rejeitar a proposta de troca de títulos da Eletrobras e do Tesouro por bônus com juros menores, cedeu à pressão do governo paraguaio e, em março passado, autorizou a renegociação da dívida de Itaipu (cerca de US$19 bilhões)

São ressentimentos antigos, que se agravaram com as frustrações pelos parcos resultados comerciais do Mercosul, com os problemas de terras ocupadas por brasiguaios e com o desinteresse por investimentos privados naquele país.

Nos últimos meses, do ponto de vista do interesse brasileiro, surgiu um problema mais sério. Cresceu a pressão do Paraguai sobre o Brasil com o objetivo de forçar a revisão do Tratado de Itaipu, que é o instrumento jurídico que regula o aproveitamento das águas do rio Paraná para a geração de energia elétrica utilizada pelos dois países.

A Hidrelétrica Itaipu é o alvo ideal para o Paraguai, pois se trata de uma área sensível que poderá ameaçar a segurança nacional pelo risco de interrupção do fornecimento de energia para o Centro-Sul.

Estimulado talvez pela reação tímida do governo brasileiro no tocante à nacionalização de duas refinarias da Petrobras e ao aumento no preço do gás natural da Bolívia, o Paraguai poderá ser o próximo país vizinho a abrir um contencioso sério com o Brasil. sindicaprogramas é quase totalmente coberto pelo Brasil.

Em 2006, Itaipu injetou diretamente na economia do Paraguai cerca de US$ 460 milhões. O benefício líquido já sobe a US$ 1,23 bilhão, representando 16% de um PIB de aproximadamente US$ 7,7 bilhões. Itaipu tem sido altamente benéfica ao Paraguai que, sem qualquer investimento, será dono em 2023 de metade de uma das maiores usinas do mundo.

O Congresso Nacional deverá ser chamado a examinar a legislação que abateu a dívida paraguaia ao eliminar a correção monetária. Espera-se que seja promovida uma ampla análise das implicações dessa decisão tomada pelo governo brasileiro.

O Brasil não pode aceitar a politização desse assunto, como ocorreu com o gás da Bolívia. Itaipu sempre será relevante na relação entre Brasil e Paraguai. É o mais forte elo de ligação entre os dois países e o maior instrumento nessa relação.

Da energia gerada por Itaipu, 95,4% são vendidos ao Brasil, o que representa cerca de 20% do consumo nacional.

Por isso mesmo, o Brasil deve defender sem rebuços o que é de seu interesse.


. Como queriam as autoridades paraguaias, Brasília aceitou retirar a correção monetária do dólar americano nos contratos (“fator de ajuste”), o que significou a redução da dívida em mais de US$ 1 bilhão, com perda de receita para o governo brasileiro.

A eliminação do “fator de ajuste”, que favoreceu o Paraguai, não beneficia o Brasil. Na prática, teremos dois preços da energia de Itaipu: um menor para os consumidores paraguaios e um maior para os consumidores brasileiros .

 Royalties: o tratado também prevê o pagamento de royalties pela energia gerada por Itaipu ao Brasil e ao Paraguai, no montante de US$ 650 por gigawatthora e divididos em igual valor aos dois países.

Apesar de esses valores também serem reajustados, somente o Brasil continuará a pagar royalties com a correção monetária.

 Incorporação de recursos à economia paraguaia: a partir de março de 2005, Itaipu passou a desenvolver programas de Responsabilidade Socioambiental e de desenvolvimento regional, sendo que o custo desses O Paraguai pretende aumentar o preço da eletricidade excedente que vende ao Brasil, quer vender esse excedente a terceiros países e reduzir o valor da dívida paraguaia para com Itaipu.

Ao enfrentar essas questões, é importante não perder de vista que a cooperação energética entre os dois países é muito positiva para o Paraguai.

 Preço da energia de Itaipu: cada país tem direito a 50% da energia produzida. Como o Paraguai só consome pequena parte desse total, a diferença, conforme disposto no tratado, só pode ser vendida ao Brasil. Os benefícios para o Paraguai dessa repartição são evidentes.

Em 2006, o valor médio da energia adquirida pelo Brasil foi o dobro do que o Paraguai paga pela energia de Itaipu. O Paraguai dispõe hoje de uma das energias mais baratas do mundo.

 Redução da dívida do Paraguai para com Itaipu: o governo brasileiro, depois de rejeitar a proposta de troca de títulos da Eletrobras e do Tesouro por bônus com juros menores, cedeu à pressão do governo paraguaio e, em março passado, autorizou a renegociação da dívida de Itaipu (cerca de US$ O Paraguai poderá ser o próximo vizinho a abrir um contencioso sério com o Brasil

Um comentário:

Clau disse...

Querido, andamos sumidos um do outro... ;-)

Eu quero mais é que o circo pegue fogo e que esses tiros do Lula saiam pela culatra!

Bjs