Pesquisar este blog

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Apedeuta se borra de medo da CPI dos cartões

Clique na imagem p ampliar

Para Lula, é “uma questão de lógica”. Em diálogo com um auxiliar, nesta sexta-feira (1), o presidente desenvolveu o seguinte raciocínio: Não é possível que o governo, “com o apoio que tem no Congresso”, permita que a oposição instale “uma CPI como essa, sem o menor sentido.” Referia-se à comissão de inquérito proposta pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), para investigar os gastos do governo com cartões de crédito.

Não foi por acaso que Lula e o alto comando do governo, sob a gerência de Dilma Rousseff (Casa Civil), imprimiram à gerência da crise dos cartões a marca da celeridade. Num intervalo de cinco dias, demitiu-se uma ministra –Matilde Ribeiro (Igualdade Racial)— e anunciou-se a edição de portaria com regras mais rígidas para o uso dos cartões. Tudo em tempo para tentar minar o bote da oposição antes do reinício do ano Legislativo. Nas palavras de Lula, o governo precisa fazer prevalecer em 2008 “uma agenda positiva”.

Daí a decisão de sufocar a CPI dos cartões no nascedouro. Na quinta-feira (31), o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) ironizara a iniciativa de Carlos Sampaio. "Com toda a sinceridade, acho que não é o caso [de CPI]. Vai fazer o quê? Convocar um ministro de Estado para explicar o gasto de R$ 8,30 com uma tapioca? Vai virar a CPI da Tapioca?" Referia-se a uma conta paga com o cartão governamental pelo ministro Orlando Silva (Esportes) numa tapiocaria de Brasília.

“A ironia do ministro foi dita justamente no momento em que ele anunciava novas regras para o uso dos cartões, depois de mobilizar todo o seu ministério. Será que a portaria editada pelo governo é a portaria da tapioca?”, devolveu o tucano Sampaio, em conversa com o blog. “É evidente que o problema é sério. Não pode ser tratado à base de ironias. Merece a atenção do Congresso.”

A disposição revelada por Lula em seus diálogos privados é a de cobrar fidelidade dos aliados do governo. O diabo é que parte dos congressistas associados ao consórcio governista queixa-se de que o governo não os vem tratando como aliados. O Planalto demora-se em levar ao diário oficial os nomes acomodados nas listas repassadas ao ministro José Múcio (Coordenação Política).

O Congresso retoma suas atividades, na próxima Quarta-feira de Cinzas (6), sob o signo da chantagem. “Se deseja unidade, o governo precisa dar vazão às nomeações”, disse ao blog um cacique do PMDB. “Do contrário, fica difícil impedir que o nosso pessoal assine um pedido de CPI.” Do ponto de vista do governo, o jamegão de deputados e senadores governistas num requerimento urdido pelo tucanato é injustificável.

Primeiro porque Lula não tem se furtado a ceder nacos de sua administração aos partidos. Acaba de entregar a vistosa pasta das Minas e Energia ao peemedebista Edison Lobão. Segundo porque não haveria razão objetiva para que o Congresso se meta a investigar um problema que já mereceu medidas corretivas do próprio governo e encontra-se sob apuração da CGU, do TCU e até do Ministério Público.

Múcio bem que tentou serenar os ânimos da tropa oficial. Mas não conseguiu desovar as reclamadas nomeações antes do Carnaval, como pretendia. No Congresso, receia-se que a encrenca dos cargos seja empurrada para março. “Se isso acontecer, vai ser um deus nos acuda”, antevê o líder peemedebista. Afora o torniquete que deseja impor à CPI dos cartões –ou da tapioca—, o Planalto quer ver rapidamente aprovada a medida provisória que elevou de 9% para 15% a alíquota de CSLL das instituições financeiras. Foi editada, como se recorda, para recompor parte da arrecadação de tributos que escoou pelo ralo da extinção da CPMF.

Alheia aos anseios de Lula, a oposição arma-se para novas batalhas. Sampaio parece seguro de que obterá as assinaturas para pôr de pé a proposta da CPI. PSDB e DEM tramam, de resto, erguer barricadas em plenário contra o reajuste da CSLL. Mais: planeja-se a derrubada da medida provisória que instituiu a TV Pública. O ambiente de concôrdia que permeara a aprovação da DRU (Desvinculação das Receitas da União), no ocaso do ano Legislativo de 2007, dissipou-se durante o recesso parlamentar.

Um comentário:

Anônimo disse...

There are no shorts lower when it arrives to getting rid of weight or toning your muscle groups.
This write-up explains briefly but of course how this technique functions.



Also visit my web-site: flex mini